O dia 2 de abril é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2007.
Mas, o que é Autismo?
Cientificamente é conhecido como Transtorno do Espectro Autista – TEA, que consiste em uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento.
Os sintomas de autismo confundem-se com as características apresentadas geralmente pelos pacientes diagnósticos com TEA. Ainda assim, podem ser identificadas como recorrentes os seguintes comportamentos:
- Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
- Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e dificuldades para começar e manter um diálogo;
- Alterações comportamentais, como manias próprias, interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação.
O diagnóstico possível a partir dos sintomas de autismo é comum na infância, ocorrendo normalmente entre 2 e 3 anos de idade.
Dificuldades de quem possui TEA
Os transtornos caracterizam-se pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o estado de cada uma delas vai afetá-las com intensidades diferentes.
Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.
O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção. Às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia.
Como é o diagnóstico do Autismo?
O diagnóstico do autismo deve ser realizado por um profissional especializado, como o pediatra ou neuropediatra. Uma vez que não existem exames que permitam identificar clinicamente a condição, o diagnóstico é feito por meio de observação da criança e realização de testes, ocorrendo normalmente entre os 2 e 3 anos de idade.
A confirmação costuma acontecer quando os pais relatam que a criança possui as três características do autismo, os problemas de interação social, alteração comportamental e dificuldade na comunicação.
Diagnóstico médico é essencial para um bom tratamento
Normalmente, com esses sintomas, o médico já confirma o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista, pois a condição pode manifestar-se em distintos graus, o que faz com que os sinais também possam ter essas variações.
Em casos de autismo leve, o transtorno pode demorar mais tempo para ser diagnosticado devido ser confundido com outras ocorrências, como timidez, excentricidade ou falta de atenção.
Esses fatores fazem com que o diagnóstico do TEA seja complexo e exija uma avaliação médica adequada caso os pais tenham essa suspeita. O diagnóstico permite que a criança receba o tratamento adequado e, inclusive, que os sintomas sejam amenizados ao longo da vida, melhorando o prognóstico.
Segundo a pediatra Drª Paula Pezzini, é através do acompanhamento pediátrico que se faz o diagnóstico, e para a confirmação é feito o encaminhamento para especialistas Neuropediatras. Por isso, é muito importante que os pais procurem um pediatra o quanto antes, logo que houver a suspeita.
Fonte:
Drª Paula Pezzini CRM MT 6610 RQE 4363 – Hospital Vale do Araguaia
Instituto Pensi